Competição entre irmãos pode arruinar o ambiente familiar
Rivalidade entre irmãos é tão antiga quanto a existência da humanidade, como mostra a história de Caim e Abel, descrita no antigo testamento
Quem deve ser responsabilizado quando os filhos não possuem um relacionamento sadio e vivem se desentendo, muitas vezes gerando atitudes mais graves como agressões? Seriam os pais, que de forma gratuita demonstram preferência por um dos filhos, ou um dos próprios filhos, que não inspira nos pais expectativas positivas?
É provável que as duas alternativas estejam corretas já que, inicialmente, os pais significam tudo para os filhos e todos desejam o máximo de atenção para garantir seu próprio valor. “A dor que um filho sente quando nasce um irmãozinho pode ser comparada à inveja que uma esposa sentiria se o seu marido lhe dissesse: ‘vou ter mais uma esposa, mas não se preocupe, porque a amarei tanto quanto amo você, darei a ela tudo igual que dou a você e não farei nenhuma diferença entre as duas’”, revela a psicoterapeuta Dra. Léa Michaan.
A profissional afirma que uma competição entre irmãos raramente é saudável e tal atitude deve ser reprimida pelos pais. “Comparar-se com o outro é algo injusto porque cada um nasce com habilidades, dons, físico, saúde, temperamento, humor, beleza, destreza e natureza diferentes. Quanto mais os pais puderem desestimular as competições entre os irmãos e não compará-los, mais saudável e feliz será a dinâmica de toda a família. Cada um é especial e merece ser visto a partir de suas peculiaridades”, afirma.
Provocações entre os irmãos podem chegar a brigas violentas. Por isso, Dra. Léa alerta que os pais devem ficar atentos e observar qual filho sofre mais. “Em geral, o mais agressivo e nervoso está sendo mais provocado. É este que merece uma atenção especial, isto é, conversas e demonstrações de afeto. Aquele que mais provoca parece ser mais tranquilo e provavelmente o faz atrás de uma fachada, sempre se esquivando e dizendo em tom de zombaria que não fez nada”, declara a psicoterapeuta.
Segundo Dra. Léa, é impossível tratar todos os filhos de maneira igual, bem como amá-los da mesma forma. “Os pais levantam esta bandeira como prova de que não cometem injustiças, pois na realidade gostariam de amar e tratar a todos da mesma maneira, mas cada filho inspira diferentemente e necessita de coisas diferentes; portanto, dar igual a todos já é um erro. A melhor maneira de tratar os filhos é respeitar cada qual nas suas singularidades, é sentir-se aberto e disponível para conversar com cada um deles e proporcionar-lhes aquilo que necessitam”, finaliza.
4 comentários »
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Gostei bastante dessa explicação e me identifiquei. Quando era mais nova minha mãe sempre comparava o meu jeito de estudiosa e responsável com o jeito desleixado do meu irmão. Isso aumentava meu ego e me fazia sentir valorizada por essas caracteristicas, apesar de não me recordar em critica-lo por tais atitudes ou me intrometer na vida dele. Com o passar do tempo ele passou a se dedicar mais aos estudos e minha mãe diminui as comparações e até inverteu em dizer que achava que eu daria para alguma coisa e que pensava em investir em mim mas que eu não queria e nem me esforçava por nada. E passou a exaltar por demais todas as escolhas do meu irmão. Nisso ele passou a se auto considerar o intelectual supremo e a sempre trazer opniões para enfrentar e até mesmo agressivas de forma a desrespeitar meu ponto de vista em tudo que eu dizia. O apice foi quando voltei do intercâmbio. Não sei de que forma isso foi para ele, e nem me preocupei pq na verdade nunca achei que eu fosse algo com que ele deveria se preocupar pq ele nunca foi para mim ameaça. A partir disso ele intensificou os estudos e as discussões passaram a ser constantes. Isso começou a me trazer um cansaço excessivo e percebi que ele sempre quer ter a opnião suprema em tudo e qualquer coisa que eu fale é motivo para rebater. Mesmo eu não fazendo isso com nenhum dos livros que ele lê, com quem ele anda ou o que quer que faça. O dia que eu percebi que estava na hora de dar um basta foi quando perdemos uma tarde inteira debatendo diversos assuntos sem nenhuma significancia para nossa realidade e eu senti a necessidade de reafirmação da parte dele. Eu não me interesso por nenhum dos assuntos que ele se interessa e nem tenho vontade de fazê-lo. Entretanto, fico incomodada com o comportamento dele de forma geral e com essa necessidade desagradavel de se sobrepor acima de qualquer circunstância.
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Comentar por Jamile Silva (Milley) | 3 de Junho de 2014 |
Boa Noite…Tenho quatro filhos Uma de 16, um de 14, uma de 11 e uma bebê de 2 anos. Meus 2 filhos mais velhos brigam por tudo, estou desesperada não posso falar nada que cada um já diz que estou puxando o saco do outro. Minha casa esta numa situação horrível pois eles já estão quase se agredindo e eu não sei mais o que fazer.
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Comentar por Priscila | 11 de Maio de 2015 |
Boa noite gostaria de fazer uma pergunta tenho dois filhos um de 10 anos e outra de 6anos ela que briga com o irmão sempre ela que provoca não sei mais o que fazer ela bate nele preciso de ajuda
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Comentar por lilian | 8 de Setembro de 2016 |
O fato dela implicar com ele e bater é sinal evidente que ela não esta bem! Que ela sente que a existência dele diminuiu o espaço de atenção que ela recebia de vocês.
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Comentar por leamichaan | 5 de Outubro de 2016 |