Ciúme das redes sociais
Compartilho a entrevista que concedi sobre o ciúme virtual. Vale a pena conferir:
Ficar de olho na vida do amado nas redes sociais, bisbilhotar suas mensagens no celular e abrir a sua caixa de e-mail. Você é uma vítima do tecnociúme?
Quem nunca sentiu ciúme na vida que atire a primeira pedra. Dentro dos limites, este é um sentimento normal e que pode até apimentar a relação. Mas o que se percebe, em especial com o desenvolvimento das novas mídias de comunicação e com o “boom” das redes sociais, é que estes têm contribuído para aguçar ainda mais o ciúme nas relações amorosas.
É incrível o que um “curtir” ou um “oiiii” na página pessoal do namorado ou namorada pode acarretar na paz da relação. E não é raro ouvir alguma amiga ou amigo contar o que viu no celular, e-mail ou na página pessoal do namorado/a e lhe tenha desagradado. “Sinto que me tornei muito mais ciumenta depois que meu namorado criou uma página no facebook. E eu olho mesmo. Não acredito que seja uma invasão de privacidade”, conta B.L., de 24 anos. “A gente vê uma mensagem e, dependendo de quem for ou da forma como foi escrita, a gente fica com ciúme. Mas não é um ciúme à toa. Tem muito de sexto sentido também”, diz R.M., de 24 anos.
De acordo com a psicanalista Léa Michaan, de São Paulo, seja no mundo virtual ou real a intensidade do ciúme é a mesma, embora possa ser vivenciado de maneiras diferentes. “No mundo virtual, as pessoas têm mais tempo para refletir sobre o ciúme do que quando o encontro acontece ao vivo. No entanto, elas também têm mais tempo para planejar vinganças mais elaboradas”, afirma. “As pessoas vivem a vida virtual com muita intensidade e esta começa a se tornar tão real ou até mais real do que a vida em si. É uma nova dimensão dos relacionamentos humanos que surge no mundo”.
Ciúme x confiança. Conferir os passos da vida alheia pela internet se tornou tão comum, que não são poucas as pessoas que passam horas do dia “a se entreter” com a vida do amado/a nas redes sociais. Mas é preciso cuidado. Como indica a psicanalista, uma relação sadia envolve confiança e o ciúme pode significar que esta questão não está sendo bem preenchida na relação. “Se você não confia no outro, a relação está fadada ao fracasso. E se você bisbilhota nas redes sociais, no celular, no e-mail etc. pode ser que você também não confie em si mesmo, em seus recursos e nas suas capacidades de manter e preservar o ser amado. Isto também é um problema. Um relacionamento que não está embasado em confiança e segurança em si, não pode ser gratificante, nem para este que bisbilhota, nem para aquele que está sendo bisbilhotado”. Para a psicanalista, seja aonde for, o ciúme deve levar a pessoa à reflexão sadia tanto sobre o sentimento quanto às formas de respostas a ele.
Relacionamento sadio e meios virtuais
É importante saber distinguir quando o ciúme está passando dos limites. Um relacionamento saudável envolve confiança e muita conversa. Se há dúvidas quanto à fidelidade do parceiro ou algo lhe incomoda na relação, a melhor alternativa é conversar, expor sua insegurança e falar o que lhe agrada e lhe desagrada. “Muitas pessoas perdem um tempo precioso de suas vidas, e desperdiçam suas valiosas energias, bisbilhotando e fiscalizando a vida do outro; fantasiando possíveis histórias de traição. Sugiro que os meios virtuais sejam usados de forma mais produtiva, como para facilitar a comunicação e os possíveis encontros da maneira mais madura, verdadeira e sincera possível”, diz a psicanalista Léa Michaan.
Olho1: “Ciúme é um sentimento de posse com o qual nos deparamos quando vemos ou imaginamos a pessoa amada falando, olhando e/ou se relacionando com outro que não nós mesmos. O ciúme é fruto da insegurança que todos nós, em maior ou menor medida, temos. E como tudo na vida, possui seus aspectos positivos e negativos” – Léa Michaan, psicanalista.
Olho2: “Em meu consultório, escuto muito: ‘Ele pôs no facebook…; ele curtiu…; ele escreveu….; comentou…’… ‘E eu fiquei enfurecida com isto, então decidi fazer ciúme e escrevi…’ – Léa Michaan, psicanalista.
Léa Michaan é psicanalista e autora do livro “Maly – Superação em forma de ficção”.
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